Mesmo assim a Chapeuzinho
tinha cada vez mais medo do medo do medodo medo de um dia encontrar um LOBO.Um LOBO que não existia.
(Chapeuzinho Amarelo, Chico Buarque) |
Nestes dias me
deparei com essa frase, e fiquei pensando: o que eu faria se não tivesse medo?
Tantas coisas
passou pela minha cabeça...pularia de paraquedas? Escalaria o Everest? Nadaria
com tubarões? Talvez...
Talvez fosse mais “aventureira”, mas bem
verdade é que, deixamos de tomar atitudes muitos simples no dia a dia, ou
decisões que poderão mudar nossa vida porque sentimos medo.
Quantas vezes
você deixou de pedir aumento ou promoção por medo do chefe? Quantas
oportunidades de entregar seu currículo a alguém, ou e pleitear uma vaga você
já deixou passar? Quantas vezes você deixou de chamar o gatinho ou a gatinha
pra sair? Nossa! Devem ter sido muitas e muitas, não é verdade?
Mas o que é o medo?
O medo é um estado de progressiva
insegurança e angústia, de impotência e invalidez crescentes, ante a impressão iminente
de que sucederá algo que queríamos evitar e que progressivamente nos
consideramos menos capazes de fazer. (DALGALARRONDO, 2006, p. 109). De acordo com a psicologia
sensações como: angustia, preocupação, apreensão, ansiedade, são termos que
podem ser medo. E qualquer situação percebida como ameaçadora, seja física,
moral ou de qualquer outra ordem, podem despertar o medo.
O cérebro produz mais adrenalina, e você pode ter reações como:
enjoo, dores, os sentidos são bombardeados com tantas informações impedindo
você de pensar com clareza.
Veja esse exemplo da drª Marisa de Abreu
Alvez: “Uma pessoa tinha tanto medo de andar de metrô, mas nunca tinha entrado
sequer numa estação de metro. Portanto ele tinha fobia daquilo que ele pensava
que era o metrô. Toda vez que ele passava perto de uma estação de metrô e, só
de pensar em entrar, ele suava frio, seu coração acelerava, seus ombros ficavam
curvados e ele achava que ia desmaiar.
Vejam que este medo não está relacionado ao ato de entrar no metrô, mas a sensação de perda de controle que ele associava a andar de metrô. Como essa sensação toda era muito forte, ele nunca teve a chance de lidar com o medo de forma racional.”
Vejam que este medo não está relacionado ao ato de entrar no metrô, mas a sensação de perda de controle que ele associava a andar de metrô. Como essa sensação toda era muito forte, ele nunca teve a chance de lidar com o medo de forma racional.”
Quando sentimos isso temos duas reações:
lutar ou fugir. O medo nos mantém alerta e longe de situações realmente
perigosas, como por exemplo, a que citei acima, nadar com tubarões ( eu sei que
tem gente que faz, mas não obrigada).
E quando ele impede de darmos mais um
passo em direção ao nosso futuro tão sonhado? Por que não pedir aumento? Por
que não convidar ele ou ela para ir ao cinema? O que te impede? Sim, você pode
receber um sonoro NÃO, mas e daí? Quem nunca recebeu um não? A partir do não,
analise a situação, mude a estratégia e tente de novo.
Falar é fácil...
E fazer pode ser também. Vamos tentar?
1- Descreva
a situação que te deixa com medo. Ex.: Apresentar um trabalho na faculdade.
2- Descreva
quais diálogos internos acontecem quando você pensa em fazer o que te deixa com
medo. Ex.: Tenho que me sair bem, ou vão me achar burro.
3- Pergunte-se:
por que ao tomar tal ação ou atitude, aconteceria isso? Ex.: Por que me
achariam burro?
4- O
que de real tem nisso? Qual a lógica? Qual evidência de que isso vai acontecer?
5- Como
pensar assim ajudou você até agora?
6- O
que eu posso fazer para me sentir preparado para essa situação?
7- Agora
ensaie a situação visualizando com resultados positivos e vá em
frente. A cada medo vencido, você terá mais condições de ir cada vez mais longe.
“Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer
forma você está certo.”
Henry Ford
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